PIONEIROS DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO DO ALGARVE | exposição

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“Pioneiros do Conhecimento Científico do Algarve” é uma exposição itinerante produzida conjuntamente por dez instituições pertencentes à Rede de Museus do Algarve. A exposição ficará patente no Núcleo Islâmico até dia 14 de fevereiro, altura em que seguirá para São Brás de Alportel.

Depois da exposição “Algarve-Do Reino à Região”, os museus algarvios voltam a unir-se, desta vez em torno do projeto comum “Pioneiros do Conhecimento Científico do Algarve”, o qual incide sobre personalidades algarvias que, desde os finais do século XVIII até ao século XX, procuraram esclarecer e fundamentar os contornos da identidade do país, através do estudo da história e da cultura popular, designadamente na região algarvia.

Em Tavira, destaca-se o contributo dos pioneiros José Sande Vasconcelos e Estácio da Veiga, para o desenvolvimento do conhecimento científico. O primeiro foi um engenheiro militar, tendo-se notabilizado pela sua incansável atividade docente e de projeto e, sobretudo, pela sua extraordinária produção cartográfica referente ao Algarve. Estácio da Veiga formou-se em Engenharia de Minas, publicou obras em diversos domínios científicos, assumindo particular relevo a Carta Archeologica do Algarve e as Antiguidades Monumentaes do Algarve. A este último investigador se deve a identificação da antiga povoação romana de Balsa, trabalhos em Milreu e em Mértola, entre outros.

 

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Núcleo Museológico Islâmico
Qui, 15/01/2015 - 10:00 até Sáb, 14/02/2015 - 16:30
Conceção
Rede de Museus do Algarve
Tema:
  • José Sande de Vasconcelos,  (Évora,1738-Tavira,1808) foi um engenheiro militar e cartógrafo do século XVIII.

    Foi um dos pioneiros da Cartografia Militar em Portugal. A maior parte das suas cartas incidiram o Algarve, nomeadamente no que toca às fortificações, zona costeira e guarnições.

    Esteve na edificação de Vila Real de Santo António em 1774, e mais tarde colaborou na construção do Quartel Militar de Tavira.

    Acabou por se radicar nesta cidade, aqui se casou e veio a falecer.

    Foi ainda em Tavira que foi responsável pela chamada "Aula do Regimento de Infantaria de Faro, a funcionar em Tavira", ou simplesmente "Aula de Tavira".

    Sebastião Phillipes Martins Estácio da Veiga (Tavira, 6 de Maio de 1828 - Lisboa, 7 de Dezembro de 1891), foi um arqueólogo e escritor português.

    Estácio da Veiga nasceu na cidade de Tavira em 6 de Maio de 1828, filho do major de ordenanças e poeta José Agostinho Estácio da Veiga e sua esposa Catarina Felippes Martins, filha do coronel Sebastião Martins Mestre, primeiro presidente da Câmara Municipal de Tavira. Estuda no Liceu de Faro, frequenta a Escola Politécnica de Lisboa, e segue a carreira de oficial de secretaría da Sub-Inspecção Geral dos Correios e Postas do Reino.

    Em 1876, após as fortes cheias ocorridas no Algarve, o gabinete de Fontes Pereira de Melo encarrega-o de fazer o levantamento dos vestígios arqueológicos que ficaram a descoberto tanto nesta região (como seja o caso das ruínas de Milreu), como no Alentejo. O resultado do seu trabalho dará origem à Carta Arqueológica do Algarve (1878), culminando na fundação do Museu Arqueológico do Algarve, em Lisboa.

    No ano de 1880, Estácio da Veiga secretaría o Congresso Internacional de Antropologia e de Arqueologia Pré-Histórica, em Lisboa.

    Estácio da Veiga foi membro de diversas sociedades das quais se destacam a Academia das Ciências de Lisboa, o Instituto Arqueológico de Roma, a Sociedade Francesa de Arqueologia, a Real Academia de História de Madrid, a Academia Belga de Arqueologia e Instituto Arqueológico e Geográfico de Pernambuco.

    Sebastião Phillipes Martins Estácio da Veiga teve o foro de fidalgo Cavaleiro da Casa Real, tal como o seu pai, José Agostinho Estácio da Veiga. Foi casado com D. Adelaide Lucotte.

    Em 1933 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o escritor dando o seu nome a uma rua na Penha de França.

    Obras

    Gibraltar e Olivença, Apontamentos para a História da Usurpação Desta Duas Praças, (1863)

    Plantas da Serra de Monchique Observadas Nesse Ano, (1866)

    Os Povos Balsenses, Sua Situação Geográfica e Física, Indicada por dois Monumentos Romanos Descobertos em Tavira, (1866)

    Romanceiro do Algarve, (1870)

    A Tábula de Bronze de Aljustrel, (1876)

    Antiguidades de Mafra, (1879)

    Memórias das Antiguidades de Mértola, (1877)

    Carta Arqueológica do Algarve, (1878)

    Ode a Luís de Camões em 10 de Junho de 1880, (1880)

    Projecto de Legenda Simbólica para a Elaboração e Interpretação da Carta de Arqueologia Histórica do Algarve, (1885)

    As Orquídeas de Portugal, (1886)

    As Antiguidades Monumentais do Algarve, (1886-1891, quatro volumes)

    Programa para a Instituição dos Estudos Arqueológicos em Portugal, (1891)