A ARTE QUE É – II
O Museu Municipal de Tavira – Palácio da Galeria acolhe, entre 24 de julho e 30 de dezembro, a exposição A ARTE QUE É – II de Pedro Portugal, estando a mesma aberta ao público a partir de dia 27.
Uma mostra que integra pinturas de grandes dimensões criadas, entre 1996 e 2002, assim como uma multiplicidade de experiências: filmes, desenhos, animações, performances e objetos realizados a partir de 2013.
A exposição, com curadoria de Pedro Portugal, inclui obras do artista dispersas por várias coleções, nomeadamente, Fundação Altice Portugal, Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest, Fundação Carmona e Costa, Fundação de Serralves, Galeria de Arte António Prates e Museu de Arte Contemporânea de Elvas – Coleção António Cachola.
Um universo em que a arte é explicada, iconograficamente, para se poder perceber melhor o que o artista e a arte pretendem comunicar: um panda negativo com 3 metros, um urinol em pele de borrego, 40 ARTOJIS que emulam arte e artistas, uma maquete do Monumento ao Futebol Inteligente, o Monumento ao Papel Higiénico Preto, um relógio de sol de interior ou uma versão do Zé Povinho sem cara, entre outras obras.
Em A ARTE QUE É II Pedro Portugal interpela a Arte, através de um processo de pesquisa que, nas palavras do próprio, combina, cita, rouba, pede emprestadas e recompõe obras e pensamentos de outros artistas. Nesta interpelação, que integra diferentes momentos da sua biografia artística, o recurso à ironia, ao jogo e ao elemento cómico desdobra-se em alusões constantes a signos e símbolos, num vaivém entre a visualidade e a linguagem, entre a representação e o significado por via de uma profusa diversidade de meios. A finalidade é a autorreflexão da Arte acerca da sua essência, quer enquanto fenómeno estético e cultural, quer na sua condição pós-moderna de intervenção e alteração política e social.
Associado à exposição será publicado o livro A ARTE QUE É – II, coeditado pelo CHAIA - Centro de História de Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora e pelo Município de Tavira, onde estarão documentadas todas as realizações artísticas de Portugal e textos publicados em jornais e revistas, nos últimos dez anos.
Face à atual situação pandémica, o acesso ao Museu Municipal de Tavira encontra-se condicionado aos aspetos de segurança individual e à lotação máxima, nas salas, de acordo com as normas emanadas pela Direção Geral de Saúde, sendo obrigatório o uso de máscara.